Olá a todos J
No decorrer desta semana realizaram-se vistorias a várias Escolas. No total efectuaram-se vistorias a 4 Jardins de Infância e 3 Escolas Básicas de 1º Ciclo. Verificou-se que os Jardins-de-Infância e as Escolas apresentavam alguns incumprimentos importantes de serem modificados, de modo a assegurar uma melhoria das condições dos locais em questão. Este tipo de vistorias tem como finalidade a avaliação das condições de higiene, segurança e saúde dos estabelecimentos de educação e ensino e, ao longo de cada visita é feito o preenchimento do formulário de avaliação presente na Circular Normativa da DGS n.º12/DSE, de 19/11/06, (Anexo II).
Importa claramente efectuar com periodicidade este tipo de vistoria, uma vez que a escola, constitui um espaço seguro e saudável, facilitando a adopção de comportamentos mais saudáveis, encontrando-se por isso numa posição ideal para promover e manter a saúde da comunidade educativa e da comunidade envolvente. É importante que todos estejam consciencializados de que a par do trabalho de transmissão de saberes organizados em disciplinas, à escola compete também educar para os valores, promover a saúde, a formação e a participação cívica dos alunos, num processo de aquisição de competências que sustentem as aprendizagens ao longo da vida e promovam a autonomia. (Portal da Saúde - http://www.min-saude.pt/portal).
Para garantir um bom funcionamento da escola nas áreas da segurança, higiene e saúde é necessário existirem profissionais, como os Técnicos de Saúde Ambiental, credenciados para realizar as vistorias com o intuito de avaliar possíveis erros que possam existir e que interfiram prejudicialmente no bem-estar físico, mental e social das crianças e de todos os que interagem com estas.
Na minha opinião é deveras gratificante realizar estas vistorias, pois a escola ocupa hoje em dia um papel primordial no desenvolvimento da criança, sendo nela que passam a maior parte do dia e onde aprendem, brincam, e também crescem. Importa apenas referir que o tipo de perigos que a escola por vezes contém não é visível para as crianças e desta forma, é crucial que a escola reúna boas condições de higiene, segurança e saúde para que as crianças cresçam em harmonia, aperfeiçoem a sua boa formação pessoal e desenvolvam o seu papel social na comunidade.
Legislação utilizada para os relatórios efectuados que posteriormente serão enviados para cada local vistoriado:
Ÿ Decreto-Lei n.º 119/2009 de 19 de Maio que estabelece as condições de segurança a observar na localização, implantação, concepção e organização funcional dos espaços de jogo e recreio, respectivo equipamento e superfícies de impacte. Apenas de notar que este Decreto-Lei veio revogar o anterior Decreto-Lei n.º379/97 de 27 de Dezembro devido a terem sido verificadas lacunas, foi necessário alterar este último, adequando-o cada vez mais à realidade actual.
Ÿ Decreto-Lei n.º 243/86 de 20 de Agosto, que aprova o Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços.
No sentido de melhorar as condições de acessibilidades nas extensões do Centro de Saúde de Moura, temos vindo a realizar vistorias a todos os Postos de Saúde. Nesta semana efectuaram-se mais duas vistorias aos restantes Postos de Saúde que faltavam.
Na primeira vistoria verificou-se que não existia pelo menos um percurso, designado de acessível que proporcione o acesso seguro e confortável das pessoas com mobilidade condicionada entre a via pública, o local de entrada/saída principal e todos os espaços interiores e exteriores. Em termos da instalação sanitária denotou-se a inexistência de uma acessível a pessoas com mobilidade condicionada, os aparelhos necessários para estas pessoas podem estar integrados numa instalação sanitária conjunta para pessoas com e sem limitações de mobilidade, ou então caso exista possibilidade a nível financeiro pode-se proceder à construção de uma instalação sanitária específica para pessoas com mobilidade condicionada. Verificou-se também que as portas não apresentavam uma largura suficiente para uma cadeira de rodas circular, devem possuir uma largura útil não inferior a 0,77m, medida entre a face da folha da porta quando aberta e o batente ou guarnição do lado oposto. Por fim, os balcões ou guichés de atendimento não se encontram localizados junto a um percurso acessível, neste sentido devem estar situados numa zona livre que permita a aproximação frontal ou lateral, devendo também ter uma zona aberta ao público servindo para o atendimento com uma extensão não inferior a 0,8m e uma altura ao piso compreendida entre 0,75m e 0,85m.
Na segunda vistoria constatou-se que as portas deviam possuir zonas de manobra desobstruídas. A mesma situação se verificou neste local, em relação ao anterior, face à situação dos balcões ou guichés de atendimento pois não estão localizados junto a um percurso acessível, onde exista uma zona livre que permita a aproximação frontal ou lateral. O edifício devia estar dotado de pelo menos um percurso, designado de acessível, que proporcione o acesso seguro e confortável das pessoas com mobilidade condicionada entre a via pública, o local de entrada/saída principal e todos os espaços interiores e exteriores que o constituem. As portas de entrada/saída dos edifícios não possuíam largura suficiente para a passagem de uma cadeira de rodas, desta forma as portas de entrada/saída devem ter largura útil não inferior a 0,87m, medida entre a face da porta quando aberta e o batente ou guarnição do lado oposto.
Legislação utilizada para a realização desta actividade:
ü Decreto-Lei n.º163/2006 de 8 de Agosto, que tem por objecto a definição das condições de acessibilidades a satisfazer no projecto e na construção de espaços públicos, equipamentos colectivos e edifícios públicos e habitacionais.
As pessoas que possuem algum tipo de deficiência tem de sentir-se integradas, com possibilidade de conviver e evoluir na sociedade onde estão inseridas. Para que estas pessoas se sintam autónomas para utilizar os bens e serviços existentes em cada cidade importa ter em atenção as construções efectuadas nestes locais, garantindo a acessibilidade nos espaços públicos, nos equipamentos colectivos e edifícios públicos, nos transportes, na informação e comunicação, incluindo as novas tecnologias de informação irem de encontro a todas as pessoas com ou sem mobilidade condicionada. Assim, todos estamos a contribuir para um mundo melhor! J
Como o Peddy Paper esta quase a chegar e, para que todos os materiais necessários estejam prontos para o dia 16 de Junho, efectuou-se a construção dos crachás, dos livros que contém os percursos de cada equipa e dos diplomas de participação. De seguida coloco algumas imagens do que tivemos a realizar.
Cozinha
Para o mês de Junho procedeu-se à realização de mais um cartaz para divulgar no Centro de Saúde de Moura sobre como se pode prevenir dos acidentes domésticos, os cuidados a ter em cada divisão da habitação. Devido a este tema já ter sido bastante debatido por nós e, se ter verificado a pertinência do mesmo, achou-se prudente colocar informações sobre as recomendações que se podem e devem adoptar nas casas de cada um, de maneira a evitar possíveis quedas e acidentes que podem vir a ocorrer, caso não exista a devida atenção. Efectuou-se um cartaz inicial com um enquadramento sobre esta temática, onde foi mencionado o motivo porque os acidentes acontecem mais vezes, bem como, a forma como este tipo de acidentes pode afectar a qualidade de vida. Uma vez que os idosos são considerados um grupo de risco e, neste local a população é maioritariamente idosa, os acidentes domésticos ocorrerem com bastante frequência e afectam a qualidade de vida da pessoa lesada mas também de todos os seus familiares. É assim, bastante importante que a população e os seus cuidadores tomem conhecimento sobre estes assuntos, de forma a prevenir um pouco que ocorram tantas quedas e acidentes em casa.
No segundo cartaz foi exposto recomendações úteis para poderem as pessoas adoptarem em cada divisão da sua casa. As divisões e as respectivas recomendações descritas no placar foram as seguintes:
Quarto
Use uma mesa-de-cabeceira, de preferência, com bordas arredondadas e procure fixá-la ao chão ou à parede, para evitar que se desloque caso necessite apoiar-se nela;
Os interruptores devem estar ao alcance da mão quando estiver deitado na cama, para evitar levantar-se no escuro;
Procure utilizar uma cama larga, com altura suficiente para que, sentado, consiga apoiar os pés no chão, evitando tonturas e facilitando os movimentos. Ao deitar-se, utilize sempre uma almofada para apoiar a cabeça;
Devem existir vários pontos de luz e uma luz de presença, que ajuda a iluminar o quarto caso se levante a meio da noite.
è Os armários não devem ficar em locais muito altos. Guarde os objectos que são pouco utilizados nos armários superiores e os de uso frequente, em locais de fácil acesso;
è Instale a botija de gás, sempre, fora da cozinha;
è Lembre-se de desligar fornos, microondas e ferros de passar roupa, após o uso.
Casa de Banhoü Utilize barras de apoio no polibã ou na banheira, bem como nas paredes próximas da sanita e do lavatório;
ü Deve utilizar um banco de apoio no polibã ou na banheira, para evitar estar tanto tempo de pé e desequilibrar-se;
ü Evite prateleiras de vidro e superfícies cortantes, e é absolutamente proibido usar esquentador a gás dentro da casa de banho;
ü Nunca feche a porta da casa de banho à chave, para o caso de precisar de ajuda;
ü Utilize sempre tapetes anti-derrapantes no banho, de preferência autocolantes em vez de ventosas.
Sala
Ü Procure utilizar cores claras nas paredes e aumentar a iluminação, tornando-a três vezes mais forte que o normal, para compensar dificuldades visuais;
Ü Opte por sofás e poltronas confortáveis, com assentos que não sejam demasiado macios, e que facilitem os actos de sentar e levantar;
Ü Utilize fita-cola de dupla face, para colar os bordos dos tapetes ao chão e limitar os tropeços.
Outras Recomendações
w Colocar a mobília de forma a permitir a circulação e evitar colisões;
w Não use camisolas e roupões compridos, para evitar tropeçar, principalmente se tiver que se levantar no meio da noite;
w Evite tapetes soltos no chão, principalmente nas escadas. Se usar, fixe-os ao chão;
w Importa ter uma boa iluminação nos corredores e nas escadas;
w Tenha em atenção se existem superfícies irregulares, como por exemplo tacos soltos. Deve repará-los de imediato;
w Nunca deixe fios eléctricos e de telefone desprotegidos. Prenda-os à parede ou ao chão, ou utilize calhas;
w Manter corrimãos nas escadas e os degraus devem ter fita antiderrapante;
w Retire os objectos desnecessários (papéis, revistas, caixas, sapatos e outros) do chão, tenha especial atenção quando há crianças em casa devido aos brinquedos que deixam espalhados;
w Manter o telefone num local de fácil acesso e com os números de emergência gravados (112, bombeiros, centro de saúde local, etc.) ou registados num papel;
w Nunca deixe fios eléctricos e de telefone desprotegidos. Prenda-os à parede ou ao chão, ou utilize calhas.
Segundo a Direcção Geral da Saúde: “Morre-se mais por quedas e outros acidentes domésticos do que pela Diabetes”. As quedas são de facto uma ameaça real à capacidade de viver de modo autónomo e constituem um problema sério de Saúde Pública, cujo peso sócio-económico tem acompanhado o aumento da população idosa. Assim, justifica-se uma constante intervenção nesta área, sobretudo porque a realidade portuguesa mostra que os últimos anos de vida são, muitas vezes, acompanhados de situações de fragilidade e de incapacidade frequentemente relacionadas com situações susceptíveis de prevenção. É fundamental a intervenção de todos os profissionais para que este tipo de situações diminua. Coloco de seguida imagens do placar realizado, de forma a poderem verificar o trabalho final.
E desta forma terminou mais uma semana de estágio, sempre composta de muitas actividades, no entanto esta semana tivemos menos um dia devido ao feriado de 10 de Junho.
Obrigada a todos pela atenção!
Uma fantástica semana e até à próxima :)
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