quarta-feira, 22 de junho de 2011

12ª Semana - 13 a 17 de Junho

Olá leitores J
A semana iniciou-se com uma reunião com o professor Rogério cujo tema foi a segunda avaliação.
No sentido de informar alguns profissionais do Centro de Saúde de Moura sobre Controle de Infecção Hospitalar foi efectuada uma formação neste local com auxiliares, enfermeiros, médicos e a Coordenada do Centro de Saúde. Esta formação foi dirigida pela Técnica de Saúde Ambiental e a Enfermeira de Saúde Pública. Esta apresentação demorou um pouco mais devido à participação activa dos intervenientes. Ao longo da apresentação foram abordados diversos temas. Os equipamentos de protecção individual (EPI) são um aspecto deveras importante pois garantem a protecção do indivíduo contra exposição a fluidos orgânicos ou tóxicos, impedindo ou minimizando o risco de doenças infecciosas ou toxicológicas. Os EPI estabelecem as barreiras físicas para prevenir a transmissão de microrganismos infecciosos e outros tipos de partículas ou tóxicos. O uso dos variados tipos de protecção deve ser adequado ao correcto desempenho das funções/procedimentos dos profissionais. A responsabilidade de fornecer este tipo de equipamento compete à Entidade Empregadora. Esta deve colocar à disposição dos trabalhadores os EPI’s necessários para a sua protecção. Posto isto, os profissionais (médico, enfermeiro, técnico, assistente operacional) devem efectuar uma correcta e adequada utilização dos EPI’s que são colocados à disposição. Os EPI’s são as luvas, as toucas, as máscaras e as batas/aventais. De seguida, ficam imagens importantes sobre este assunto.

"Entende-se por Equipamento de Protecção Individual todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos, para a sua segurança e para a sua saúde." (Environment, Health and Safety Portugal - EHS Portugal, informação disponível no site http://www.ehsportugal.com )
Foi também abordado o tema sobre a descontaminação dos materiais e equipamentos, tendo como objectivo a remoção da sujidade (visível e não visível), a eliminação ou diminuição da carga microbiana existente nos diversos materiais e equipamentos, a diminuição do risco de transmissão de microrganismos através dos materiais e equipamentos contaminados e, por último mas não menos importante a protecção dos utentes, visitas e pessoal de riscos infecciosos. Foi também mencionado a diferença entre limpeza, desinfecção e esterilização.
Limpeza: Processo de remoção/eliminação da matéria orgânica e dos microrganismos nela contidos, através da acção mecânica da lavagem.
Desinfecção: Processo que permite destruir a maior parte (ou a totalidade) dos microrganismos patogénicos, mas não os esporos bacterianos. Não destrói necessariamente todos, mas redu-los para um nível não prejudicial à saúde.
Esterilização: Processo que permite a destruição de todos os microrganismos, incluindo esporos bacterianos.
Para cada tipo de produto utilizado neste local, foi evidenciado o modo de utilização para cada, bem como o equipamento de protecção individual a adoptar.
Em termos da limpeza e desinfecção do ambiente foi evidenciado que uma correcta e adequada descontaminação do ambiente inanimado, torna-o seguro para os profissionais, utentes e visitantes, prevenindo assim a ocorrência de infecções nosocomiais. Entre os conceitos limpeza e desinfecção foi mencionada as suas diferenças que consistem no seguinte:
Limpeza: Processo mecânico, usando água e detergente, o qual remove a sujidade e cerca de 80% ou mais dos microrganismos nela contida.
Desinfecção: Processo mecânico ou manual com aplicação de agentes desinfectantes que levam à destruição da maior parte ou totalidade dos microrganismos existentes nas superfícies a descontaminar.
Depois desta alusão foi referido quais os princípios gerais de limpeza. Através do visionamento de imagens verificou-se que alguns materiais de limpeza, como por exemplo as mopas apresentavam sinais de bolor e não estavam a ser acondicionadas da melhor forma, também a zona de arrumos apresentava alguns incumprimentos que eram importantes de alterar. Uma boa forma para elucidar estes profissionais sobre o que deviam modificar foram as imagens, pois assim tiveram percepção sobre o que podiam fazer para melhorar as condições no seu local de trabalho.
Sobre o tema descontaminação da pele e mucosas foi referida informação de como fazer a lavagem e desinfecção das mãos, uma vez que são o principal veículo de transmissão de microrganismos nos estabelecimentos de saúde. A lavagem das mãos com água e sabão é um tratamento higiénico que elimina a grande maioria dos microrganismos. A desinfecção com solução de base alcoólica é bastante mais eficaz, eliminando quase a totalidade dos microrganismos. Fica de seguida uma imagem sobre os cinco momentos da higiene das mãos.
Por fim, foi relatado o tema sobre resíduos hospitalares (RH). Estes resíduos são produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde, incluindo as actividades médicas de diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças, em seres humanos ou em animais, e ainda as actividades de investigação relacionadas. Os resíduos estão divididos em quatro grupos. A classificação dos RH segundo o Despacho n.º 242/96 é efectuada da seguinte maneira:
Grupo I – Resíduos equiparados a urbanos: não apresentam exigências especiais no seu tratamento. Dentro deste grupo estão englobados os seguintes tipos de resíduos:
a)    Resíduos provenientes de serviços gerais (como gabinetes, salas de reunião, salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.);
b)    Resíduos provenientes de serviços de apoio (como oficinas, jardins, armazéns e outros);
c)    Embalagens e invólucros comuns (como papel, cartão e outros de idêntica natureza);
d)    Resíduos provenientes das actividades de restauração e hotelaria, resultantes de confecção e restos de alimentos servidos a doentes não incluídos no grupo III.
Grupo II – Resíduos Hospitalares não perigosos: não estão sujeitos a tratamentos específicos, podendo ser equiparados a urbanos, como é o caso dos seguintes tipos:
a)    Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminados e sem vestígios de sangue;
b)    Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de sangue;
c)    Material de protecção individual utilizado nos serviços gerais de apoio, com excepção do utilizado na recolha de resíduos;
d)    Embalagens vazias de medicamentos ou de produtos de uso clínico ou comum, com excepção dos incluídos no grupo III e no grupo IV;
e)    Frascos de soros não contaminados, com excepção dos do grupo IV.
Grupo III – Resíduos Hospitalares de risco biológico: resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, susceptíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz, permitindo posterior eliminação como resíduo urbano. Podem ser verificados os seguintes tipos:
a)    Todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infecciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica, de patologia clínica e de laboratórios de investigação, com excepção dos de grupo IV;
b)    Todo o material utilizado em diálise;
c)    Peças anatómicas não identificáveis;
d)    Resíduos que resultam de administração de sangue e derivados;
e)    Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com excepção dos de grupo IV;
f)     Sacos colectores de fluidos orgânicos e respectivos sistemas;
g)    Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas contaminados ou com vestígios de sangue; material de prótese retirado a doentes;
h)   Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue;
i)     Material de protecção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de apoio geral em que haja contacto com produtos contaminados, como por exemplo, luvas, máscaras, aventais e outros.
Grupo IV – Resíduos Hospitalares específicos: resíduos de vários tipos de incineração obrigatória, como por exemplo os seguintes:
a)    Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas (até publicação de legislação específica);
b)    Cadáveres de animais utilizados em experiências laboratoriais;
c)    Materiais cortantes e perfurantes: agulhas, cateteres e todo o material invasivo;
d)    Produtos químicos e fármacos rejeitados, quando não sujeitos a legislação específica;
e)    Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração.
Informação disponível no Despacho n.º 242/96 de 05 de Julho e na página da internet, http://www.apambiente.pt/. Nesta página da Agência Portuguesa do Ambiente é possível verificar esta informação e muito mais, tanto a nível de resíduos como a nível das alterações climáticas, do ar, do desenvolvimento sustentável, dos produtos químicos, do ruído, entre muitos outros aspectos.
Em termos de controlo de riscos profissionais, a triagem e o acondicionamento na fonte dos resíduos hospitalares é da responsabilidade de todos os funcionários que os produzem (Médicos, Enfermeiros, Assistentes Operacionais, Assistentes Técnicos, Técnicos de Saúde, entre outros). O Transporte dos sacos de resíduos contaminados, ferros e outros materiais até ao local de armazenamento, deve efectuar-se pelo trajecto mais curto e directamente para o local de armazenamentos. Os circuitos devem ser efectuados nas horas de menor movimento do Centro de Saúde. A pesagem dos vários tipos de resíduos deve ser realizada e o realizar o registo na folha correspondente aos mesmos.
E assim, terminou a apresentação efectuada por estas duas profissionais do Centro de Saúde de Moura. Na minha opinião foi bastante útil este tema ter sido abordado para estes profissionais, importa apenas que seja também transmitida às restantes pessoas deste local. Este assunto é deveras pertinente e é essencial que todos os profissionais tenham consciência dos riscos a que estão associados diariamente, pois só desta forma vão colocar em prática as informações que lhes são transmitidas neste tipo de sessões. Este tipo de formação deve ser realizada com alguma periodicidade, de modo a que a informação não seja esquecida.
Para dar continuidade às vistorias efectuadas às escolas, realizou-se nesta semana mais duas vistorias. Uma delas foi a uma Escola Básica com 2º e 3ºCiclo e a outra foi uma Escola com Jardim de Infância e 1ºCiclo. Estas vistorias têm vindo a ser realizadas com o intuito de avaliar as condições de higiene, segurança e saúde do estabelecimento de educação e ensino. Pretende-se então, melhorar as condições de cada escola, de modo a que todas as pessoas inseridas neste meio se sintam seguras e confortáveis. É fundamental que o meio escolar permita melhorar o bem-estar físico, mental e social como também contribuir para uma melhoria da qualidade de vida de toda a comunidade escolar.
Em relação à primeira vistoria foi possível verificar que existiam alguns incumprimentos, os quais passo a referir já de seguida:
w  A armazenagem de produtos ou substâncias perigosas, tóxicas ou infectantes deve possuir um compartimento próprio, com sistema de ventilação eficiente, de modo a impedir a acumulação perigosa de gases ou vapores, tendo de estar fechado hermeticamente;
w  Os contentores dos resíduos necessitam de ser substituídos;
w  Os edifícios no local necessitam de uma melhor higienização e é necessário tapar/proteger as canalizações de modo a impedir entrada dos animais (exemplo: baratas);
w  Em relação à instalação sanitária para as pessoas com mobilidade condicionada esta necessita estar livre de todos os produtos que possuí, de maneira a que caso exista alguma pessoa que necessite utilizá-la tenha essa possibilidade;
w  Em todas as instalações sanitárias deve encontrar-se disponível papel higiénico, sabonete líquido e toalhetes. As toalhas devem ser substituídas por toalhetes;
w  Os aquecedores verificados nas salas devem colocar-se bem sustentos, para que não possam provocar danos;
w  Alguns extintores encontravam-se fora do prazo de validade, pelo que devem ser rapidamente substituídos;
w  O pavimento de alguns locais da escola encontrou-se em mau estado de conservação, necessitando de ser substituído;
w  As caixas de primeiros socorros devem encontrar-se bem equipadas com todos os materiais que são necessários (listagem disponível na Direcção Geral da Saúde);
w  Todo o espaço exterior necessita de uma limpeza adequada;
w  A vedação deve ser substituída, de forma a impedir a passagem de cabeças dos alunos;
w  A vegetação deve ser substituída de forma a não causar danos na saúde daqueles que frequentam as instalações;
w  Os espaços de jogo e recreio devem oferecer abrigo das intempéries;
w  Os equipamentos e superfícies de impacte destinados aos espaços de jogo e recreio não podem ser susceptíveis de pôr em perigo a saúde e a segurança do utilizador ou de terceiros;
w  Os materiais utilizados no fabrico dos equipamentos do espaço de jogo e recreio devem ser duráveis e de fácil manutenção;
w  Os equipamentos do espaço de jogo e recreio não devem possuir arestas vivas ou superfícies rugosas susceptíveis de provocar ferimentos; lascas, pregos parafusos pontiagudos susceptíveis de causar ferimento e superfícies que provoquem queimaduras quer por contacto quer por fricção;
w  O solo para implantação dos espaços de jogo e recreio deve possuir condições de drenagem adequadas;
w  A manutenção dos equipamentos e superfícies de impacte deve ser assegurada.
Relativamente à segunda vistoria efectuada verificou-se que a escola possuía algumas inconformidades, importantes de serem alteradas como por exemplo os seguintes aspectos:
Ü Os espaços de jogo e recreio não podem colocar em perigo a saúde e segurança do utilizador, devendo obedecer aos requisitos de segurança;
Ü Os espaços de jogo e recreio devem possuir acessibilidade a todos os utentes, designadamente aqueles que apresentem mobilidade condicionada, e permitir a intervenção dos meios de socorro e salvamento;
Ü Não é permitida a utilização de superfícies que impossibilitem o amortecimento adequado do impacte;
Ü Caso os equipamentos ou superfícies de impacte apresentem deteriorações susceptíveis de pôr em risco a segurança dos utentes, deve se assegurar a sua manutenção;
Ü Deve assegurar-se a limpeza do espaço, incluindo os equipamentos, superfícies de impacte e o mobiliário urbano;
Ü O edifício deve ser dotado de pelo menos um percurso, designado de acessível, proporcionando o acesso seguro e confortável das pessoas com mobilidade condicionada entre a via pública, o local de entrada/saída principal e todos os espaços interiores e exteriores;
Ü Deve existir uma instalação sanitária acessível a pessoas com mobilidade condicionada. Os aparelhos destinados ao uso por pessoas com mobilidade condicionada, designados de acessíveis, podem estar integrados numa instalação sanitária conjunta para pessoas com e sem limitações de mobilidade, ou constituir uma instalação sanitária específica;
Ü Os produtos alimentares (caixas de leite) devem estar devidamente armazenados com materiais adequados e mantidos em boas condições, em local apropriado de maneira a impedir o seu contacto com o pavimento;
Ü Os produtos tóxicos devem estar armazenados em compartimentos próprios, ventilados, fechados hermeticamente e devidamente identificados;
Ü Devem existir vestiários que permitam aos trabalhadores mudar e guardar o vestuário que não seja usado durante o trabalho.
É muito importante a realização destas vistorias às escolas pois só assim podemos ajudar a comunidade escolar a possuírem melhores condições de higiene, segurança e saúde nos locais. É um facto que a maioria das pessoas fica bastante reticente com a nossa presença, pois não compreende e nem tem a informação necessária sobre qual é a nossa função no espaço. Pretendemos apenas ajudar quer os alunos mas também os professores e auxiliares que diariamente estão no meio escolar.
Legislação utilizada para os relatórios efectuados que posteriormente serão enviados para cada local vistoriado:
 - Decreto-Lei n.º 119/2009 de 19 de Maio que estabelece as condições de segurança a observar na localização, implantação, concepção e organização funcional dos espaços de jogo e recreio, respectivo equipamento e superfícies de impacte. De notar que este Decreto-Lei veio revogar o Decreto-Lei n.º379/97 de 27 de Dezembro devido a terem sido verificadas lacunas, foi necessário alterar este último, adequando-o cada vez mais à realidade actual.
  - Decreto-Lei n.º 243/86 de 20 de Agosto, que aprova o Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços.
No decorrer desta semana, efectuou-se uma vistoria a Clínica Dentária, Unidade Privada de Saúde. Esta foi a primeira vistoria que realizei a este tipo de estabelecimento. O objectivo desta vistoria foi verificar as condições higio-sanitárias e de funcionamento do estabelecimento que desenvolve a actividade de clínica dentista. Importa referir que efectuou-se o preenchimento da check-list disponível pela Orientação da Direcção-Geral da Saúde n.º 009/2011 de 30 de Março, sobre vigilância sanitária de clínicas e consultórios dentários que disponibiliza uma check-list para utilizar quando se realiza este tipo de vigilância.
“Consideram-se clínicas ou consultórios dentários as unidades ou estabelecimentos de saúde privados que prossigam actividades de prevenção, diagnóstico e tratamento das anomalias e doenças dos dentes, boca maxilares e estruturas anexas, independentemente da forma jurídica e da designação adoptada, no âmbito das competências legalmente atribuídas a cada um dos grupos profissionais envolvidos.”             (Portaria n.º 268/2010 de 12 de Maio)
Contudo verificou-se a necessidade de ser dado cumprimento a alguns requisitos higio-sanitários e de funcionamento que não estavam de acordo com os que se encontram previstos para o tipo de actividade em questão. Assim, os aspectos verificados foram os seguintes:
] Deve existir vestiários que possuam armários individuais sempre que os trabalhadores exerçam tarefas em que haja necessidade de mudar de roupa;
] A armazenagem de produtos de limpeza deve ser efectuada em compartimentos próprios, não comunicando directamente com os locais de trabalho. Deve possuir um bom sistema de ventilação e ser fechado, estando devidamente identificado;
] As rampas devem possuir corrimões de ambos os lados. Os corrimões das rampas devem prolongar-se pelo menos 0,3m na base e no topo da rampa, como também devem ser contínuos ao longo dos vários lanços e patamares e ser paralelos ao piso da rampa;
] Na instalação sanitária para pessoas com mobilidade condicionada a mesma necessitava de ser modificada, uma vez que as medidas do espaço não eram as adequadas. Dessa forma era importante que a sanita, o lavatório possuíssem os requisitos previstos no Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de Agosto, do Capítulo 2, da secção 2.9. É necessária a instalação do equipamento de alarme nesta instalação sanitária. A porta de acesso a esta instalação sanitária deve ser de correr ou de batente abrindo para fora. O espaço que permanece livre após a instalação dos aparelhos sanitários acessíveis neste local devem satisfazer as seguintes condições:
Ÿ  Deve ser possível inscrever uma zona de manobra, não afectada pelo movimento de abertura da porta de acesso que permita rotação de 360º;
Ÿ  As sanitas que tiverem rebordos elevados com uma altura ao piso não inferior a 0,25m podem sobrepor-se às zonas livres de manobra e de aproximação numa margem não superior a 0,1m;
Ÿ  Os lavatórios que tenham uma zona livre com uma altura ao piso não inferior a 0,65m podem sobrepor-se às zonas livres de manobra e de aproximação numa margem não superior a 0,2m.
] O armário onde são armazenados os resíduos pertencentes ao grupo III deve estar devidamente identificado;
] No circuito dos materiais contaminados deve existir uma barreira física, constituída por um material de fácil limpeza e desinfecção, de modo a mitigar o risco de contaminação para a zona limpa;
] Os procedimentos a adoptar em situações de emergência devem encontrar-se bem visíveis para informação dos utentes.
A higiene oral é essencial na vida de cada pessoa e, dessa forma importa que as condições higio-sanitárias sejam sempre asseguradas para que o trabalho realizado seja sempre de excelência.
A vigilância sanitária contribui para a melhoria da qualidade dos serviços prestados tanto nas Clínicas Dentárias como em todas as outros estabelecimentos. Pois só assim é possível que as pessoas destes locais estejam informadas sobre os aspectos que devem modificar para um melhoramento das condições do seu local de trabalho.
A legislação utilizada para a realização desta vistoria foi a seguinte:
- Decreto-Lei n.º 243/86 de 20 de Agosto que aprova o Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços;
- Despacho n.º 242/96 de 05 de Julho que contempla a classificação dos resíduos hospitalares;
- Portaria n.º 268/2010 de 12 de Maio que estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício da actividade das clínicas e consultórios dentários;
- Orientação da Direcção-Geral da Saúde n.º 009/2011 de 30 de Março, sobre vigilância sanitária de clínicas e consultórios dentários que disponibiliza uma check-list para utilizar quando se realiza este tipo de vigilância;
- Decreto-Lei n.º163/2006 de 8 de Agosto, que tem por objecto a definição das condições de acessibilidades a satisfazer no projecto e na construção de espaços públicos, equipamentos colectivos e edifícios públicos e habitacionais.
Nesta semana realizou-se a actividade do Peddy Paper na Escola Básica com 2º e 3º Ciclo de Moura. A participação da escola foi bastante positiva, pois estiveram destacados cerca de 15 professores e vários alunos para auxiliarem esta actividade ao longo de todo o percurso. O Peddy Paper ocorreu no período da manhã, de dia 16 de Junho, tendo início às 10:00 e terminou por volta das 12:30. Os temas abordados ao longo desta actividade foram os seguintes:
ü  Higiene Oral;
ü  Segurança Alimentar;
ü  Alimentação;
ü  Gestão de Resíduos;
ü  Importância da Água;
ü  Segurança Rodoviária;
ü  Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's).
Para cada tema existe um jogo, estando o conteúdo do mesmo associado ao nome da área em questão. A excepção verifica-se apenas na área da Higiene Oral que irá ter dois jogos. A avaliação de todos os jogos fica sempre pendente da rapidez e eficácia do participante ou da equipa na execução da prova, uma vez que quanto mais rápido os elementos da equipa conseguirem efectuar a prova, mais rapidamente seguem para as próximas etapas. Irei de seguida, explanar cada jogo com as regras que o constituem.
HIGIENE ORAL
·        Jogo “Escolhas para teres dentes saudáveis”
Objectivo: Identificar alimentos que provocam e os alimentos que não provocam cáries. Desta forma, pretende-se que os participantes retirem de um cesto quatro imagens de alimentos e coloquem-nos correctamente no quadro dividido por duas colunas que depois de terminada a prova irá apresentar os alimentos que podem provocar cáries e aqueles que não provocam esta doença tão frequente.
·        Jogo “ Vamos Lá Escovar”
Objectivo: Encontrar objectos que estejam intimamente relacionados com a Higiene Oral, dentro de um recipiente que esteja todo coberto com serradura e com outros objectos que não estão inseridos na área da Higiene Oral, de modo a dificultar a procura dos participantes. Importa apenas referir que o aluno que realizar este jogo teve de se equipar com bata, máscara, touca, pezinhos para prevenir possíveis alergias que possam ter.
SEGURANÇA ALIMENTAR
·        Jogo “Rebuçado à Vista”
Objectivo: Conseguir que um dos elementos da equipa encontre, dentro de um recipiente com farinha, um rebuçado, com a boca sem utilizar o auxílio das mãos. Após encontrar o rebuçado, a equipa terá de responder a uma questão que lhe será colocada, com a finalidade de responder de forma correcta. O tempo para a equipa responder à pergunta é contado através de um cronómetro.
ALIMENTAÇÃO
·        Jogo “Roda dos Alimentos”
Objectivo: Sensibilizar a comunidade escolar para a prática de uma alimentação saudável. Os participantes têm de retirar de um cesto três objectos, aleatoriamente, tendo de os colocar no grupo adequado da roda.
GESTÃO DE RESÍDUOS
·        Jogo “Vamos Lá Separar”
Objectivo: Neste jogo pretende-se que um elemento da equipa se proponha a executar alguns desafios, como por exemplo: o participante terá de correr a pé coxinho até uma caixa de resíduos e procurar uma embalagem de cartão.
IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
·        Jogo “Acerta no Alvo”
Objectivo: Derrubar o triângulo de garrafas de plástico ou embalagens de cartão com a ajuda de uma bola. Para conseguir atingir a finalidade do jogo a equipa terá de responder de forma correcta à questão que lhe será colocada. Cada equipa possui de três tentativas para conseguir tombar as garrafas. No caso de não conseguir, a equipa terá um desafio para realizar.
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
·        “Jogo das Imagens”
Objectivo: Um elemento da equipa se proponha a identificar se as imagens que lhes vão sendo apresentadas estão correctas ou incorrectas. Em todos os exemplos das imagens, os participantes têm de assinalar com vistos ou cruzes assim as situações se verifiquem certas ou erradas.
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST´S)
·        “Jogo das Transmissões”
Objectivo: Os participantes terão de fazer corresponder a imagem a uma das duas colunas que irão constar no jogo. Numa coluna verifica-se as formas de contagiar e na outra as formas de não contagiar a doença da sida que é doença provocada pelo vírus HIV.
Para dar inicio a este jogo foram colocados os pontos no local correcto, com toda a informação relativa à actividade que as equipas teriam de realizar, bem como os utensílios necessários para as provas de penalização. Na zona da partida já se encontravam todas as equipas deveras entusiasmadas para principiar a actividade. Neste sentido, a cada equipa foi distribuído um livro, com as instruções úteis sobre o Peddy Paper como também os percursos que tinham de seguir para poder concluir esta actividade com sucesso. Para que as equipas não fossem desqualificadas tinham de transportar durante todo o percurso quer os livros como os crachás que lhes foram fornecidos no início da prova. Ao longo do percurso verificou que algumas equipas andavam perdidas pois não tinham lido o livro de instruções de forma correcta, no entanto todas as equipas conseguiram chegar à final. No final foi entregue aos participantes um diploma de participação e um kit de higiene oral (com escova de dentes e pasta).
No geral o Peddy Paper decorreu bastante bem, os alunos gostaram desta actividade e até tivemos a participação de uma turma especial de crianças autistas que foi um grande exemplo para muitos dos jovens que estavam a desenvolver actividades, pois realizaram todos os jogos sempre de forma correcta. Ficam agora algumas imagens do Peddy Paper.
Para finalizar a semana realizou-se em Beja mais uma reunião dos Técnicos de Saúde Ambiental onde foram debatidos alguns temas deveras importantes. Os assuntos abordados foram os seguintes:
Ê Plano de contingência para temperaturas extremas adversas (engloba o calor e o frio). Este documento foi disponibilizado há pouco tempo pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) e dessa forma esteve-se a verificar o mesmo;
Ê Taxas devidas pelo pagamento de actos das Autoridades de Saúde e de Serviços Prestados por outros profissionais de Saúde Pública - Perguntas Frequentes. Este documento foi disponibilizado também pela DGS e devido à publicação do Decreto-Lei n.º8/2011, de 11 de Janeiro que estabelece os novos valores devidos pelo pagamento de actos das autoridades de saúde e outros profissionais de saúde pública têm existido bastantes solicitações de esclarecimento solicitadas à DGS por parte dos Departamentos de Saúde Pública. Neste sentido foi pertinente a criação deste documento para dar resposta a algumas questões face a esta temática que tem levantado várias questões. Contudo ao analisar este documento verificou alguns aspectos que necessitam de esclarecimento extra e, desta forma foi realizada uma apreciação sobre o mesmo para enviar para a entidade competente;
Ê Programa de Voluntariado para Jovens e Floresta. Em parceria com o Instituto Português da Juventude (IPJ) tem vindo a ser realizadas acções de formação para jovens voluntários para a luta contra os incêndios. Para esclarecer os jovens foram marcadas acções em Beja, Aljustrel e na Amareleja. Nós iremos dirigir a apresentação na Amareleja que irá realizar-se no dia 29 de Junho na parte da manhã. Iremos informar os jovens do que devem utilizar neste período mais quente do ano, vamos também enunciar algumas recomendações emitidas pela DGS sobre o tema do calor.
Desta forma terminou mais uma semana de estágio sempre repleta com muito trabalho, o que é bastante motivante e enriquecedor. O dever de missão cumprida ao longo de cada dia de trabalho é extraordinário J
Obrigada pela atenção!
Até para a semana seguinte :)